"Pretensão ou não, que me julguem até
tendenciosa
ao citar exclusivamente Almir Sater, jamais
poderia faltar neste livro e claro que se
encontra
entre os 100". O livro "Os 100 melhores Cds da MPB"–
é um guia para ficar por dentro do que há de
melhor na MPB: histórias, comentários e
curiosidades,
de autoria do crítico musical André
Domingues,
lançado pela Editora SA em 2004,
que foram escolhidos por 10 músicos, compositores
e críticos.
A votação para definir os "eleitos" e dar voz
à diversidade da MPB foi feita por profissionais
de renome do meio musical.
São 10 músicos, compositores e críticos:
Arley Pereira, jornalista e crítico musical;
Carlos Rennó, compositor, jornalista e crítico
musical;
Éder Sandoli, compositor, arranjador e instrumentista;
Hilton Valente, compositor, arranjador,
instrumentista
e professor de História da Música
Popular Brasileira da
UNICAMP;
Luiz Melodia, cantor e compositor;
Maria Alvim, cantora e especialista
em recursos da voz;
Rui Moraes, jornalista especialista em MPB;
Théo de Barros, cantor, compositor, instrumentista
e arranjador;
Victor Martins, compositor; além do próprio autor.
O resultado dessa votação, longe de se pretender absoluto,
é uma verdadeira provocação.
Quais serão, enfim, os maiores clássicos da
MPB?
Cada um tem sua opinião, é verdade. Mas por
quê
não discuti-las, e ao som de boa música?
Os textos do livro, mistos de crítica musical
jornalística e ensaio, são enriquecidos por um
glossário,
que explica o sentido de termos técnicos
relacionados ao ritmo, à harmonia, à melodia
e
a curiosidades que cada gravação aportou à
nossa música. Assim, traz ao leitor um
sentido
de tempo e espaço, inclusive com breves
biografias dos principais nomes citados.
André Domingues deixa clara sua intenção
de, ao longo das 100 resenhas do livro,
apresentar, especialmente ao jovem leitor -
a história da Música Popular Brasileira,
com
uma abordagem crítica, aprofundada,
e ao mesmo tempo
acessível.
Um trecho que abrevia toda a essência e
qualidade ímpar do Instrumentista Almir
Sater
que se encontra no livro:
— "É interessante notar, por exemplo, o quanto
Almir soube compreender e refletir a forte
influência
que o barroco europeu exerceu sobre as
melodias e
harmonias da música popular brasileira, o que
é
evidente no disco todo, mas, acima de tudo,
na faixa “ Benzinho”. O disco sugere que os
violeiros de toda a região central do país
comungam da mesma essência, embora
conservam seus traços locais. Almir Sater
além de compositor criativo, capaz de
conceber maravilhas, como“Luzeiro”, é um
músico de vasto domínio sobre seu
instrumento. O tema “Viola de Buriti”,
o único número solo do disco, comprova isso.
Um Cuidadoso estudo da viola e uma densa
musicalidade deram a Almir Sater condições para
que desenvolvesse um toque muito especial,
eficientíssimo, instigante e por sua união
de simplicidade e sofisticação". Hoje, é
impossível falar na viola brasileira sem
tocar
no seu nome." — Página 125 do Livro.
— Sem mais delongas, resume tudo o que é
o
instigante toque de viola de Almir Sater,
para ler o resto só comprando o livro. —
E, se você ainda não ouviu essa obra de Arte,
ainda é tempo de espalhar as velhas e sempre novas
canções atemporais de Almir Sater.
Instrumental
Sobre André Domingues:
Formado em Filosofia pela UNICAMP e estudioso
de música popular desde os 14 anos de idade,
trabalha como jornalista e crítico musical na
emissora de televisão Alltv (www.alltv.com.br)
e em diversas publicações escritas, tais como
o Jornal da Tarde, Diário do Comércio,
a revista Raça Brasil e a revista Cultura DO.
Também leciona História da MPB em escolas
e centros culturais.
Segundo ele a votação para definir os “eleitos”
e dar voz à diversidade da MPB foi feita
por profissionais de renome
do meio musical.
Fonte: site saeditora.