domingo, julho 25, 2010

A importância do Desapego








Ontem, tive a oportunidade de 
novamente assistir, creio eu, 
pela sexta vez, 
o filme "O Último Samurai", 
não me lembro de ter gostado tanto
de um filme de Tom Cruise, 
como este.

Os motivos são vários, 

sou simpatizante da 

filosofia budista, e com ela 
muito aprendi,
a vivenciar meu modo 
de ser, de alguns anos
para cá. 
O filme remete a reflexão de 
um dos mais belos 
ensinamentos budistas,
que é o desapego, se 
desprender das 
preocupações, 
das perdas, 
das amarras, viver centrado
mais 
no hoje que 
no passado.


É difícil, para quem não segue 
uma 
senda espiritual
de entender essa lição 
do desapego 
que devemos ter. 
Afinal, é quase inadmissível 
negar que o nosso presente, 
muito dele foi construído e
galgado
nas coisas do 
passado e 
grande parte 
delas, 
ainda povoam nossa 
mente, 
nos atemorizando
 até 
como fantasmas.













No filme,  'Cruise' 
aprende que se 
a mente 
estiver livre de
 todas essas 
parafernálias, 
ele consegue atingir 

iluminação e por sua vez, 
se não derrotar, 
lutar de igual para
 igual 
com os samurais e 
posteriormente 
os inimigos 
dos samurais.


Desapego

O desapego é um dos mais 
importantes
ensinamentos budistas.
 Na verdade, 
a vida de iluminação é 
o caminho
 do desapego. 
Muitos dos 
problemas da vida
são causados 
pelo apego. 
Ficamos com raiva,
preocupados, tornamo-nos 
ávidos, 
fazemos queixas 
infundadas
 e temos todos 
os tipos 
de complexos. 
Todas estas causas 
de
infelicidade, tensão, 
teimosia e tristeza 
são devidas 
ao apego.
Se você tem 
algum problema ou 
preocupação, 
examine a si mesmo e
descobrirá 
que a causa 
é o 
apego.


Desapego não é 
desinteresse, 
indiferença ou 
fuga. 
Não devemos nos 
tornar indiferentes 
aos problemas 
da vida.
Não devemos fugir 
da vida; 
não se pode fugir dela 
quando 
somos sinceros. 
A vida e seus problemas 
devem
ser encarados e lidados 
de frente, 
mas não são 
coisas às quais devamos
nos apegar. 
É verdade que o dinheiro 
tem 
sua importância, 
mas a pessoa 
que 
se apega a ele 
torna-se 
avarenta e escrava
do dinheiro. 
É muito fácil nos apegarmos 
à nossa 
beleza, 
às nossas 
aptidões ou 
às 
nossas posses, 
e assim nos
sentirmos 
superiores 
aos outros. 

É igualmente fácil nos 
apegarmos à 
nossa feiura 
espiritual e mental, 
à nossa falta de aptidões 
ou à 
nossa pobreza, e assim 
nos sentirmos 
inferiores aos outros. 
O apego às condições 
favoráveis leva
 à avidez e ao 
falso otimismo, 
enquanto que o apego
 às condições 
desfavoráveis leva 
ao ressentimento e 
ao pessimismo. 

Sem dúvida, 
nosso apego 
às coisas, 
condições, 
sentimentos e ideias
 é muito mais 
problemático 
do que 
imaginamos.


Quando adoecemos, 
chegamos até mesmo a
 nos apegar
 à doença. É melhor não
fazermos isso. 
Todas as doenças
serão curadas,
exceto uma, 
a morte. 
Quando você estiver
 doente,
 aceite a doença e faça
 o possível
 para se recuperar. 
Aceite a doença e a 
transcenda...
ou melhor, aceite-se
transcendendo. 
A vida é mutável; 
todas as coisas 
são mutáveis; 
todas as condições 
são mutáveis. 
Por isso, “deixe ir” 
as coisas.
Todos os abusos, 
a raiva, a censura 
deixe que venham e 
que se vão. 
Tudo o que fazemos, 
devemos fazer
com sinceridade, 
com honestidade 
e com todas as 
nossas forças; 
e uma vez feito, 
feito está. 
Não nos apeguemos a ele.
Muitas pessoas se
 apegam 
ao passado ou ao futuro, 
negligenciando 
importante 
presente. 
Devemos viver o 
melhor “agora”, 
com plena 
responsabilidade.

Quando o sol brilha, desfrute-o;
quando a chuva cai, desfrute-a.
Todas as coisas nesta vida – 
deixe que venham e deixe que 
se vão. 
Este é um segredo da vida que n
os impede de ficar aborrecidos 
ou
neuróticos. 
Buda disse que todas as coisas 
na vida e no mundo estão em 
constante mutação; por isso, 
não se torne apegado a elas.

Que assim seja,
Om mani padme hum 
Excelente semana a todos, 
e sempre Iluminada
Blessed Be!