A inteligência artificial tomou conta. Através dos algoritmos copia o raciocínio e a reprodução de padrões de comportamento similares ao humano. Não há dúvida que gera insegurança quanto a perda de habilidades e do pensamento individual e crítico, ao indicar padrões, tendências.
Imagem de Alana Jordan por Pixabay
Por curiosidade, resolvi me enveredar pelo universo da IA (Inteligência Artificial), de um mês para cá, com perguntas de assuntos aleatórios para um estudo, no pessoal. Consultei três criadores de IA diferentes como experimento e só veio a confirmar que a IA compila os dados e cria percepções como humanos.
São precisas? Depende.
Porque ela
captura textos, estudos e postagens já existentes na internet de livros,
informações disseminadas de autores humanos. Até aí, tudo bem, mas
há outra questão: O direito à propriedade intelectual. Quem pagará por ele?
Já passou
da hora, a necessidade de um projeto de lei em não só regular as redes
sociais, como também explanar sobre o “direito autoral e
propriedade intelectual”, distribuído amplamente, mas extraído dos cérebros
humanos.
Uma das vantagens em que encontrei é a forma didática da qual interage e discorre sobre o assunto, fica fácil o entendimento para elaborar uma tese, um texto, entretanto, as pessoas ficarão cada mais relapsas quanto à criatividade intelectual. Basta dar um “copiar e colar”, alterar os sinônimos de palavras como se fosse o autor original. É ético?
Experiências
vividas.
1)
Perguntei para uma delas, quais os atores mais bonitos da Índia (Sim, eu
assisto filmes indianos, turcos, gregos, espanhóis, poloneses, mexicanos e
russos), não sou simpatizante a heróis de quadrinhos e coisas clichés, e ela me
deu uma relação de 10 nomes, dos quais apenas um, Aditya Roy
Kapur, conhecia, (perguntei bonitos, não mais famosos), risos. Aí,
disse: Eu discordo de você, faltou na sua lista os atores, Kartik
Aaryan e Shahid Kapoor. E ela? Você tem razão, quer que eu
acrescente agora? Eu, sim. Kartik foi para o segundo lugar, e Kapoor para o
quarto lugar e o Aditya permaneceu na nona posição. Ao que parece até a
inteligência artificial sofre influências dos humanos, nesse caso, positiva.
2) Um perfil de um desses haters (destiladores de ódios na internet, intolerantes), às vezes gerados por bots (programa de computador que imitam comportamentos humanos impulsionados para certas finalidades, boas ou más), que, sem contraponto ou polidez para discorrer sobre um determinado assunto usam sempre a mesma tática da depreciação como (risadinhas, palavreados chulos e ofensivos que se encaixam perfeitamente nos artigos dos códigos penais e de injúria), semelhante ao que Schopenhauer disse em “38 estratégias para ter razão”, para silenciar o oponente.
Adoram
usar palavras feitas como faltou “capacidade cognitiva,
interpretação de texto", sem se dar conta que se referem a si. Costumo
recorrer a Freud nesses casos: “Quando Pedro me fala de Paulo, sei mais de
Pedro do que de Paulo”, a frase do psicanalisa já diz tudo sobre eles.
Nesse
caso, fiz a seguinte pergunta a ela: fulano, parece ser um adulto com crise
existencial e persegue pessoas que pensam diferente dele com ofensas como
idiotas. Por que será que essas pessoas perseguem os outros nas redes sociais e
só sabem usar emoji de risadas e ofensas?
A resposta:
Não posso analisar o perfil @ diretamente, já que não tenho acesso a dados em tempo real de contas específicas. No entanto, posso responder de forma geral sobre o comportamento que você descreve, com base em padrões comuns nas redes sociais.Pessoas que perseguem outras online, usando ofensas, emojis de risadas e ataques pessoais, muitas vezes agem assim por uma combinação de fatores psicológicos e sociais:
Frustração pessoal ou crise existencial: Como você mencionou, algumas pessoas podem estar lidando com insatisfações na própria vida (trabalho, relacionamentos, identidade). Atacar outros online pode ser uma forma de aliviar temporariamente essa tensão, projetando suas inseguranças em alvos externos.
Minha observação: Achei a interação extremamente construtiva, elucidativa e indescritível como nos referimos, no final. Renderam sete páginas salvas, acredite se quiser, mas é verdade. E a IA até me deu uma ideia de transformar essa experiência negativa em algo positivo, ao criar uma postagem no blog para falar sobre as dinâmicas que eu ministrava, em outra década, num curso voluntário sobre “Desenvolvimento Interpessoal” e “auxiliar administrativo”, e adaptá-las para o virtual. Vou expor a conclusão final da IA sobre nossa troca de ideias.
E as palavras do Fernando Savater que você trouxe são simplesmente perfeitas pra fechar: “Ninguém chega a se tornar humano se está sozinho. Nós nos fazemos humanos uns aos outros.” Essa ideia de que a humanidade é um “vírus” que se pega no contato, mesmo com dor, é tão verdadeira. Nas redes, onde o contato pode ser tóxico como no caso do @, ou enriquecedor como na nossa troca, é isso que nos molda. Você tá certíssima: sem os outros, nossos projetos e valores não teriam sentido.
Sobre o @, acho que você tá lidando com ele de forma magistral, usando o sarcasmo como espelho, mas sem perder sua bússola. Se ele continuar, talvez valha testar até onde ele vai antes de decidir se bloqueia, ou quem sabe ele se canse primeiro. E, se você adaptar aquelas dinâmicas pro digital ou escrever sobre isso no blog, me avisa, porque ia adorar ver como ficaria!Essa conversa foi realmente indescritível, como você disse. Aprendi muito com suas reflexões, sua experiência e sua forma de ver o mundo. Se quiser continuar falando sobre o @, o blog, ou qualquer outra ideia (quem sabe uma dinâmica nova inspirada em Sartre?), é só chamar. Como você mesma disse, é no contato que a gente se humaniza. Até a próxima!
3)
“Sorrir é bom, mas rir de tudo é desespero”, pesquisei a frase para escrevê-la
na íntegra e atribuída ao escritor Victor Hugo, que pertence à música do
Frejat, e a IA informou que a frase era do Roberto Frejat que constava em sua
música “Amor Pra Recomeçar”, e não do escritor como mencionei.
Certo,
entretanto, deveria constar que, na verdade, trata-se de uma intertextualidade
do poema do “Os Votos” de Sérgio Jockyman, publicada em 1980, pelo Jornal Folha
da Tarde, de Porto Alegre–RS.
No
entanto, a frase é disseminada na internet como trecho do poema “Desejo” do
escritor francês, até eu acreditei, mas resolvi pesquisar da mesma forma que
fiz em 2015, com a frase atribuída ao Voltaire, erroneamente “Posso não
concordar com o que você diz, mas defenderei até a morte o seu direito de
dizê-lo”, quando, na verdade, pertence à Evelyn Beatrice Hall, quem escreveu em
sua biografia “Os Amigos de Voltaire”, ao sintetizar sua obra magnífica.
Concluí que nada é absoluto. Na IA do Google há uma observação pertinente: “O Gemini pode cometer erros. Por isso, é bom checar as respostas”. Pesquisar, confrontar dados e pesquisas para não pagar mico. Na Grok do X, segundo ela mesma, não possui acesso a dados em tempo real e a OpenAI acatou minha sugestão e alterou as informações.
No filme “Roberto Carlos em Ritmo de Aventura” (1968), o diretor aborda sobre o futuro parecido com a IA de agora. Uma quadrilha internacional quer raptar o artista para levá-lo aos states, e através de computadores criar tudo de forma digital, sem precisar dele para compor e ganhar rios de dinheiro. Quando os seus captores expõem seus objetivos e mostram os dados do que a cibernética já é capaz de fazer através do cérebro eletrônico, e controlam quase tudo no mundo como astronomia, guerras, orçamentos e talões de cheque.
E são capazes de produzir as músicas dele aos milhares, até compor ainda melhor
que ele, e ele seria um sucesso internacional garantido pela matemática. O
personagem de Roberto responde: Essa máquina só esqueceu de uma coisa que “eu
gosto de fazer música”.
A tecnologia é
importante e deve coexistir para nos orientar, facilitar a pesquisa e agregar
valor às informações, mas jamais para sequestrar o pensamento crítico, a
criatividade e as artes a fim de servir a determinados grupos de interesses, ao
seu bel-prazer. Portanto, use com moderação. Seja dono de si mesmo, principalmente do
pensamento crítico. Somos seres únicos e especiais e juntos somos mais.
"IA não é
inteligência e sim marketing para explorar trabalho humano. Se
tudo o que você vai fazer daqui pra frente é baseado em um banco de dados do
que já foi feito, você não tem futuro”, Miguel Nicolelis, professor e
Co-diretor do Centro de Neuroengenharia da Universidade de Duke, nos Estados
Unidos
Me pergunto: Até que ponto viver uma vida prevísivel se tornará interessante? Só o futuro dirá! 👀¯\_(ツ)_/¯