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segunda-feira, 17 de maio de 2021

Almir Sater é tema de mestrado na USP

 



Foto de Thadeu Varoni

Almir Sater graças a sua magia e técnica incomparável foi um dos
temas escolhidos para dissertação em mestrado sobre sua relevante
contribuição à música e a viola de 10 cordas, popularmente conhecida
como caipira.

 O artista sempre despertou interesse sobre o seu toque mágico de viola
que explora diversos ritmos, sons e harmonia que produzem uma
sonoridade ímpar, pois sua música navega por diversas vertentes, do
erudito ao popular, com a mesma naturalidade e desperta emoções
diversas.

Sua Discografia composta por 12 obras, sendo 10 discos solo e os 02 mais
recentes “AR” (2015) e +AR(2018) gravados em parceria com Renato
Teixeira, distribuído pela Universal Music em todas as plataformas
digitais, lojas e sites virtuais, ambos vencedores do Grammy (s) Latino
2016 e 2018 respectivamente e indicado pela crítica especializada entre
os melhores lançamentos da época.



AR - Foto de  Eduardo Galeno



+AR - Foto de Eduardo Galeno

Dentre os discos, o pesquisador Max,  escolheu para sua dissertação
‘Instrumental’, um dos discos mais importantes e precioso
de sua carreira. Nele, Sater demonstra sua virtuose que o coloca
entre os artistas mais consagrados da música, inclusive
indicado pela crítica especializada da Revista Rolling Stones 
(2012) entre os melhores da guitarra e violão.





A matéria completa foi divulgada no final de Abril [30] pelo
Jornal da USP da qual transcrevi partes e “apresentada na
Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP analisou a obra
de Sater identificando e descrevendo os recursos composicionais
presentes em cinco músicas do artista: Corumbá, Doma, Luzeiro,

Viola de Buriti e Cristal. A autoria da pesquisa em musicologia  A diversidade composicional na obra instrumental de Almir Sater é de Max Junior Sales, com orientação do professor Ivan Vilela”



O pesquisador demonstrando características das composições instrumentais de Almir Sater durante a apresentação de sua dissertação de mestrado, em agosto de 2019.
 Foto: Mônica Monteiro.


“A inserção de elementos do blues, assim como a relação entre
modalismo e tonalismo e a elaboração complexa da instrumentação
em Luzeiro, entre outros recursos identificados no trabalho, revelam a
diversidade presente nos processos criativos do compositor. Para o
pesquisador, “foi surpreendente constatar como um recorte tão
pequeno da obra [de Almir Sater] pôde gerar um estudo tão extenso”.
Ainda assim, há um sem-número de possibilidades de estudos para
abordar a obra por diferentes perspectivas.”

“Através de sua pesquisa, Junior Sales tinha como objetivo criar uma
base para que mais estudos explorem o universo da música
instrumental de viola, além de contribuir para um “entendimento mais
sólido da história desse instrumento como um importante elemento da
cultura brasileira”, que não se limita a uma única região e pode ser
utilizado em diversas linguagens musicais, como o rock, o choro e a
música clássica”.

“Nascido em Lavras, Minas Gerais, Max Junior Sales se mudou para
cursar graduação em Música pela Universidade Federal de São João del-Rei. Lá ele se formou em violão em 2010. Foi também nessa época que o interesse pela viola “foi se tornando cada vez maior a ponto de começar a substituir o violão como meu instrumento principal de trabalho”. Ele afirma ter encontrado no mestrado a possibilidade de fazer essa transição e se aprofundar no universo da viola caipira”.



Foto de Grasiela Pacheco

E não poderia deixar de ser, afinal, Almir Sater considera Minas Gerais,
o berço da viola, já declarou inúmeras vezes que suas influências
nacionais são Renato Andrade, Zé Coco do Riachão e Tião Carreiro
e as internacionais desde Pink Floyd, Bob Dylan, Dire Straits,
Jethro Tull, música clássica, música folclórica inglesa,etc.

Com uma dissertação brilhante e bem elaborada, só resta
concluir que, as composições de Almir Sater [não] só ajudaram
a modernizar a música de viola, mas através do seu experimentalismo,
versatilidade, mistura de sons, harmonia e melodias, com sua veia
criativa, o músico valorou ainda mais o instrumento e sua sonoridade,
e o transformou numa obrigatoriedade musical, sem dúvida, uma
contribuição inigualável e que perpetuará em todos os corações de
qualquer idade, entre as belas almas, atemporal!

Para fazer o download da defesa do Mestrado acesse o link abaixo:
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/AlmirSater