Show de Almir Sater reune mais de mil pessoas
O show com o cantor Almir Sater reuniu mais de mil pessoas no Umuarama Clube, no sábado passado (11/10). A atração principal, Almir Sater subiu ao palco por volta de 23 horas. Ovacionado pela platéia, o músico tocou sucessos como Tocando em Frente, Chalana entre outras. O show acústico contou com iluminação e efeitos especiais.
Ao final, Almir Sater foi aplaudido em pé pela platéia, que pediu bis.O evento foi realizado pela Companhia de Rodeio César Mazoti.
"O importante é estar com a alma feliz’, afirma Almir Sater.
O contato com a natureza poder ouvir o canto dos pássaros e sentir o cheiro gostoso do mato é a opção de vida adotada pelo violeiro Almir Sater. Atualmente ele mora na Serra da Cantareira, em São Paulo.
Nascido no Mato Grosso do Sul, desde muito pequeno a relação com a natureza e a arte de tocar viola foram muito fortes em sua vida.
A inspiração para compor suas canções, revela, sai do fundo da alma. “Não importa se estou no meio do mato, dentro de casa, em qualquer lugar. O importante é estar com a alma feliz”, afirmou em entrevista ao Jornal Candeia, poucos minutos antes de iniciar o show no Umuarama Clube, no último sábado.
Para ele, são as pessoas que fazem o lugar ficar bom ou ruim. “Em Bariri as pessoas são educadas, simpáticas e gentis. Foi o que senti. É muito bom tocar viola caipira no interior de São Paulo e ainda criar a minha família com isso”, afirmou.
Há muitos anos, o artista mantém o mesmo show, o qual atrai bom público. Ele antecipa que no próximo ano deverá lançar o seu terceiro CD instrumental. “Nos shows, canto as minhas canções ,toco a minha viola, não tem muita coisa para inventar. Às vezes sai uma canção, entra outra, mas o show é praticamente o mesmo. Acredito que o sucesso seja mantido porque o povo deve gostar do meu trabalho”, diz.
Além do talento para a música, o artista já atuou em várias novelas. A mais lembrada, classificada por ele como um divisor de águas na sua carreira, é a novela Pantanal, gravada em 1990 e retransmitida atualmente.
“Lidar com novela e show é muito estressante, corrido. Sai da novela, viaja para show. Nunca falei não para shows, sempre quero participar. Agora as novelas me trouxeram muitos benefícios, pois divulgaram o meu trabalho. Mas dá muito trabalho. É bom como agora, o Pantanal sendo reprisado, sem precisar gravar. Assim que é bom”, brinca.
O ator e cantor afirma que está muito feliz por observar que há no Brasil uma geração de violeiros estudiosos e dedicados, o que garante a continuidade da cultura da viola.“Vou ser injusto falar um nome e não falar de outro.Quem faz o instrumento é quem toca.E somos muito privilegiados”.
O amor pelas boas modas de viola é dado seqüência por seus filhos.“Meu filho mais velho é concertista. Espero que ele tenha a mesma sorte que tive.Ser reconhecido no mercado musical depende de sorte e da estrela de cada pessoa”, considera.
Almir Sater definiu com poucas palavras cada um de seus trabalhos solo:
1981 – Estradeiro: “Disco espontâneo, o começo de tudo”
1982 – Doma: “Repertório bom, mas não teve bom resultado”
1985 – Instrumental: “Gosto deste disco, abriu portas, valorizou a viola caipira”
1986 – Cria: “Disco de fusão, bom repertório”
1989 - Rasta Bonito: “Muito bom na carreira”
1990 - Instrumental II: “Continuação do primeiro, apresenta fusões com música erudita, Villa Lobos, a Filarmônica”
1992 - Ao Vivo: “Show gravado sem emenda, outro bom resultado”
1994 - Terra de Sonhos: “Utilizei equipamento de som caseiro, boa inspiração”
1997 - Caminhos me Levem: “Outro importante disco na minha carreira”
2006 - Sete Sinais: “Continuação do Caminhos me Levem e Terra de Sonhos, praticamente uma trilogia, também gravado em casa”
Fotos e Fonte: Jornal Candeia, por Juliana Campos.