Na minha visão, eu acho
equivocado o ditame acima, porque a impressão é que se fizermos boas
ações não devemos torná-las expostas.
E por quê? Logo pensamos em ego inflado, soberba. oportunismo.
Depende do ponto de vista, se a ação é altruísta ou egoísta, e possivelmente relacionados com os costumes árabes considerados pagãos pela igreja na época que nada tinha a ver com ações, atos.
Primeiro
Porque se trata de costume árabe, aspecto cultural o de usar a mão esquerda apenas para coisas, digamos "impuras" como descrevia a igreja sobre a higienização pessoal e com a direita, manuseava alimentos e coisas consideradas sagradas.
Segundo
Para seguir bons exemplos, ser motivado e para sermos convencidos por eles é preciso de ressonância para atingir esse propósito, ou seja, necessário compartilhar entre os demais que ser solidário é uma virtude grandiosa. Eu só vejo como vaidade, se for feito com o intuito de maquiar um caráter dissimulado para obter favorecimentos pessoais.
Cada um que fique com a sua consciência real. Podemos enganar outros, mas não a si mesmos. Não existe juiz mais cruel que a tal consciência quando deparamos com ela a sós e nos condena. Enquanto isso, o mal é disseminado aos montes, enquanto o bem fica encolhido.
Os que nada fazem pelos outros permanecem "desobrigados" moralmente de prestar contas dos seus feitos e com esta manobra inteligente continuam omissos e indiferentes aos seus semelhantes e confortáveis no seu egoísmo e caráter mesquinho.
Terceiro
Se a vida lhe deu privilégios, não custa fazer a partilha para com aqueles que não tiveram a mesma oportunidade. E aí cria a falsa ideia de que fazer o bem não compensa ou se expor é arrogância e até soberba.
Há uma cultura na sociedade e arraigada, sumidades como sociólogos e psicólogos no assunto que, coisas tidas como polêmicas, escandalosas e chocantes geram mais curiosidade, infelizmente. Por medo do desconhecido, talvez.
E qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra?
E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente?
Mateus 7: 9 -11
Desde
sempre fomos condicionados a dar mais ênfase sobre o mal, o errado, o
sofrimento, a dor, a polêmica, mas nunca dos bons exemplos, o bem, o certo, a
alegria, a paz, a honra, porque somos diretamente influenciados pelos fatores
externos intrinsecamente ligados com nossas escolhas e ações futuras. O medo é
uma forma de controle.
Somos “humanos, demasiados humanos” isso
Nietzsche já sabia, desta dualidade, mas através das perdas, dor ou frustrações
também podemos se fortalecer de alguma forma e assim se deixar conduzir pelo
fluxo da vida, sem apressar o rio, mas seguir. Podemos nos arrepender de muitas coisas, mas nunca de evoluir e adquirir virtudes como ser justos e bons. A virtude, segundo Aristóteles, é "como uma prática e não como sendo mero conhecimento ou algo natural de cada ser humano possui, sendo essa a razão pela qual se faz necessária a sua prática constante como um hábito. A prática da virtude inclina a pessoa para o bem, que é a busca pela felicidade".
Como dizia Voltaire “Todo o homem
é culpado pelo bem que ele não fez”, devemos ser bons e justos não para agradar
aos outros, à sociedade ou ludibriar pessoas, mas é o correto para seguirmos
com a consciência em paz. A vida é curta demais para sermos carrascos dos
outros e para os outros. Viemos ao mundo para agregar, não para desagregar.
Um coração bom é a coisa mais bonita que uma pessoa possa ter!