Ao ler um artigo numa revista Bons Fluídos
me deparei com o tema da "arte da convivência".
Ufa, como é dificil agradar e conviver com as pessoas.
Segundo a revista "Pessoas em grupo são como fios que se
cruzam, enlaçam, rompem, alinham-se paralelamente.
Para tecer o enredo da humanidade precisam conversar,
discutir, interagir, tolerar e respeitar.
Todas ações levam a conjugação de
outro verbo: CONVIVER".
Segundo o filósofo francês Jacques Rancière
"Viver junto requer uma partilha do sensível".
Trata-se de um assunto delicado, pois requer
habilidade e flexibilidade, já que trata-se de impor limites
de liberdade individual e as negociações que devemos fazer
diariamente com o coletivo.
A curadora da Bienal de Artes, Lisette Lagnado, acredita
que "sem o diálogo, sem a mediação da linguagem, partimos
para brigas, guerras, crimes humanitários".
Almir Sater - Compositor, Instrumentista e Cantor
bem definiu essa questão numa entrevista,
durante o Festival América do Sul em Corumbá:
"Sem afinidade entre os povos não haverá
desenvolvimento: E o caminho é a cultura.
Negócios criam atritos. Insistir em começar a integrar
fazendo só negócios é começar criando atritos.
E isso não vai a lugar nenhum. Você só se integra com quem
você tem afinidades e a cultura é a melhor forma de você criar
afinidades com alguém.
—se você admira alguém – ou uma cultura –
você valoriza esse parceiro. E, aí, a integração
será possível.".
Sábias palavras do artista.
Voltemos no tempo onde a espécie humana lutava para
sobreviver e formava grupos como garantia.
O filósofo espanhol Fernando Savater afirma:
"Ninguém chegar a se tornar humano se está sózinho.
Nós nos fazemos humanos uns aos outros.
Somos pois frutos do contágio social.
A humanidade é como um vírus que se pega.
Contato após contato, emoção depois de emoção.
Nem sempre em um processo indolor.
Não seríamos o que somos sem os outros,
mas custa-nos ser com os outros."
A fórmula da boa convivência então seria
a possibilidade de "se relacionar com as diferenças"
e para isso deve se usar a "comunicação" e o interessante como
cita a revista, devido aos atritos, a falta de comunicabilidade
surge uma nova profissão: — são os mediadores de conflitos,
que tem como intuito o de apaziguar os ânimos aqui e ali.
Eles estão relacionados com os psicólogos, filósofos, antropólogos
ou interessados que assim o almejam.
Segundo a Psicóloga Dorit Verea,
"Ao melhorar a relação entre as pessoas, temos maior
chance de evoluir socialmente e reduzir desigualdades".
Ou seja, quando se fala em convivência,
tudo se resume em partilhar com o outro o que nos
é mais sensível e caro. O que temos de bom (ou nem tanto).
Conviver é se abrir, mostrar a alma, mesmo que às vezes
não sejamos compreendidos.
Afinal, "Tudo vale a pena se a alma não é pequena."
(Fernando Pessoa).
Por mais difícil que seja conviver, o tempo nos traz
amadurecimento e com ele a paciência e tolerância.
Talvez é necessário encontrar o caminho do meio ou seja
a busca do equílibrio, como Aristóteles indicou:
"Nem tanto o mar, nem tanto a terra."
— Agradeço aos que fazem parte
da minha teia e ajudam a tecer os fios da minha vida!!
Vamos seguindo juntos e sempre em frente!
Imagem: Google / autor desconhecido.
2 comentários:
conviver e uma arte. nosso dia a dia nos impoe paciencia tolerancia mesmo que estejamos contrariados temos que seguir em frente..sempre saber ouvir, ficar calados oferecer um ombro amigo a quem sofre rir de piadas mesmo sem gra�a do amigo..aprendemos com as diferen�as...a convivencia com as crian�as nos devolve a infancia com os mais velhos aprendemos...ser humildes e perguntar o que nao entendemos e tentar ensinar aquilo que ja sabemos...assim convivemos. um grande beijo a quem como eu passa por aqui e sempre tem o que aprender.....maria helena cosmopolis sp fa n� do mestre Almir Sater.
Maria Helena...verdade....uma arte da qual nem sempre estamos preparados...e a bola da vez é a flexibilidade...em ser complascentes com o outro...
mas é dificil...
beijinhus...seu pai tá bem ???
mande notícias ...em breve!!!!
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