segunda-feira, setembro 25, 2017

Almir Sater e Renato Teixeira se apresentam no Festival Flamboyant

Almir Sater e Renato Teixeira se apresentam no Flamboyant Festival 2017 nesta terça (26) em Goiânia, e os ingressos estão esgotados, segundo organização do evento em seu site.

 
Com capacidade para cerca de três mil pessoas em cadeiras numeradas e organizadas por setor, os ingressos são adquiridos mediante trocas de notas fiscais de lojas do Flamboyant que variam de R$ 500,00 a R$ 1.200,00.

O Festival, um dos mais importantes da atualidade, desde Março já recebeu apresentações das mais diversas da Música Popular Brasileira como Titãs e Negra Li, Paralamas e Dado Villa Lobos,  Arnaldo Antunes e Paula Toller, Samuel Rosa e Lô Borges, Leo Jaime e Trio e Erasmo Carlos, Almir Sater e Renato Teixeira e encerra com Ney Matogrosso no próximo mês.

Amanhã (26) será a vez de Almir Sater e Renato Teixeira que celebram a conquista do Grammy Latino 2016 como 'Melhor Álbum de Música de Raízes Brasileiras' pelo CD 'AR' gravado em parceria e leva as inicias do seus nomes ( disponível nas plataformas digitais e lojas e sites virtuais)  e o Prêmio Música Brasileira 2016, como 'Melhor Dupla Regional´. Os artistas gostaram tanto da feitura e felizes com a receptividade do público, fãs e da crítica especializada que já terminaram um outro projeto em fase de lançamento e os fãs aguardam ansiosos pela novidade.
                                   FT: Eduardo Galeno / Agencia Produtora.
No palco, acompanhado de suas bandas eles celebram suas músicas consagradas e que faz parte do cancioneiro popular. Canções como Um Violeiro Toca, Peão, Trem do Pantanal, Chalana, Romaria e as mais recente 'AR' Bicho Feio, Peixe Frito, D De Destino entre outras devem constar no repertório, além de 'Tocando em Frente' é claro e premiada em 1991 como  a 'Melhor Canção da MPB' pelo Prêmio Música Brasilera e desde então, um hino motivacional. Sem dúvida, uma oportunidade única e das mais emocionantes para todos os presentes.

O que: Almir Sater e Renato Teixeira
Quando: 26/09/17 - terça- feira
Horas: a partir das 19h30
Onde: Palco montado no Flamboyant Shopping Center - Goiânia- GO
Ingressos: ESGOTADOS
Informações: http://flamboyant.com.br/promocoes/regulamento-flamboyant-in-concert-2017
+55 (62) 3546-2000 e Whatsapp: (62) 9.9623-3698 30

domingo, setembro 24, 2017

Renato Teixeira no Palácio das Artes em BH

Renato Teixeira se apresenta no Grande Teatro do Palácio das Artes em Belo Horizonte no próximo dia 28 de Setembro em um espetáculo imperdível.



Acompanhado pelos músicos de sua banda entre eles o filho Chico Teixeira, o cantor e compositor revisita sua trajetória com os grandes sucessos como Tocando em Frente, Romaria, Amanheceu, peguei a Viola,  Frete, Cuitelinho entre outras.

O artista é um dos mais respeitados compositores da música popular brasileira, sendo um dos precursores do Folk caipira, histórias e folclore que abrangem o cancioneiro popular. Suas canções foram gravadas por grandes nomes como Elis Regina, Maria Bethânia e considera a parceria com Almir Sater, um grande momento na sua história. Juntos, eles criaram letras e melodias inesquecíveis como ‘Um Violeiro Toca’ e ‘Tocando em Frente’, esta considerada um hino motivacional desde então. Outra parceria inesquecível foi com a dupla Pena Branca e Xavantinho. Juntos gravaram o disco “Ao Vivo em Tatuí”, que se transformou num marco no gênero.

Renato toca sua carreira pessoal com uma agenda requisitada e cheia de shows. Além do seu trabalho solo, faz parte do projeto “Amizade Sincera” com seu querido amigo Sérgio Reis. O DVD já ganhou disco de ouro e a agenda de shows da dupla se mantém cheia.

Atualmente se dedica à turnê do projeto “Tocando em Frente” que une Renato com seus amigos Almir Sater e Sérgio Reis no mesmo palco. Também se prepara para lançar um segundo álbum com Almir Sater repetindo a parceria que rendeu o prêmio por Melhor Álbum de Música de Raízes Brasileiras na 17ª edição do Grammy Latino – o “AR”, primeiro disco deles. Além do cobiçado gramofone, também ganharam o Prêmio da Música Brasileira na categoria Dupla Regional em 2016.

Na estrada há anos, em perfeita sincronia, Renato & Banda pretendem realizar um show emocionante,  daqueles memoráveis e cheios de surpresas, em que ”O simples resolve tudo”. 


SERVIÇO:
Renato Teixeira & Banda.
Quando: 28 de Setembro de 2017. Quinta-feira.
Horas: 21h00
Local: Palácio das Artes – Belo Horizonte/MG
Valores de Ingressos em R$:
Setor  1 e 2:  R$ 130,00 (inteira) e R$ 65,00 ( meia-entrada).
Balcão: 120,00 ( inteira) e  R$ 60,00 (meia- entrada).
Meia-entrada de acordo com a Lei em vigor.
Pontos de Venda:
Pela internet:
Ingresso Rápido ou televendas 4003-1212.
Ponto físico: Bilheteria do Palácio das Artes: de segunda-feira a sábado, das 10h às 21h e aos domingos e feriados, das 14h às 20h. Tel.: (31) 3236-7400.
Mais Informações: (31) 3236-7400 
Evento Oficial  Facebook Show Renato Teixeira | Palácio das Artes/BH
Realização: Jackson Martins Produções & Eventos.
Assessoria de Imprensa: Paula Granja (31) 9.9649.2968

quinta-feira, setembro 21, 2017

Atitudes Verdes para preservar o planeta





Tomar atitudes verdes para a preservação do meio ambiente para que o

planeta se torne autossustentável e habitável por nós seria o ideal. 

A escassez de água, petróleo e outros recursos naturais não é um

problema distante de cada um de nós, muito pelo contrário, nós 

podemos contribuir e muito para amenizar o desperdício, 

simplesmente fechando a torneira, enquanto se escovam os dentes.

- Isso é bom para o nosso bolso e o planeta agradece. 

Essas atitudes só dependem de cada um de nós, da responsabilidade

como cada um sobre a terra, o meio ambiente, numa consciência

cósmica e coletiva mais elevada. Para isso é preciso e urgente mudar

nossas atitudes, apego, ganância, materialismo e adotarmos atitudes verdes.

"Lembro de um Velho Índio contando histórias"..

"Nós não herdamos a Terra dos nossos Pais, mas pedimo-la emprestada aos nossos filhos". 

uma frase bastante conhecida mundialmente.

Portanto,  muito mais que simples habitantes do agora, 

somos responsáveis também pelo futuro das novas gerações 

que hão de vir e inclusive no combate à miséria e a fome. 

Sejamos menos egoístas e individualistas, esquecemos velhos 

conceitos antigos impostos por um sistema desigual, 

onde faltam oportunidades, respeito e bom senso,  sobram ganância 

e mesquinhez de caráter.

 


Atitude Verde já!


De acordo com Helio Mattar, presidente do Instituto Akatu, ONG, 

voltado para o consumo consciente de São Paulo, consumimos 20% 

a mais do que o planeta consegue renovar e se fôssemos consumir 

como americanos e europeus, por exemplo, seriam necessários pelo

 menos mais 4 planetas para atender a demanda. 

Eis uma relação de 38 atitudes verdes que podem contribuir para a

 sustentabilidade do planeta e de nossa vida na terra:


















ÁGUA

1-Nunca deixe a torneira pingando - esse simples gesto é capaz de desperdiçar mais de 40 litros de água.

2- Se a descarga disparar - troque o reparo urgente.

3- Construção ou reforma - opte por vasos que usem o sistema V.D.R.(volume de descarga reduzido) que economiza até 40% de água.

4- Lavar a louça.
Jogue fora os restos de alimentos e encha a cuba da pia pela metade, ensaboe as louças com a torneira fechada, depois encha a cuba novamente e enxague as louças.

5- Ao tomar banho permaneça com a torneira fechada enquanto ensaboa o corpo.

6- Deixe a torneira fechada toda a vez que for escovar os dentes.

7-Lave de uma só vez, na máquina ou na mão, a roupa acumulada.

8-No verão, regue o jardim pela manhã ou final de tarde, para que a água não evapore rápido demais.

9-Em vez da mangueira ,use o balde para retirar a sujeira do veículo ou da calçada. Prefira varrer o chão sempre que puder.

PAPEL

Cada brasileiro gasta por ano, uma quantidade de papel equivalente a duas árvores. 

Reutilizar e reciclar papéis podem salvar uma árvore e meia por ano e ainda economizar 2 mil litros de água e 120 litros de petróleo gastos na fabricação do papel:

10- Use os dois lados das folhas, tanto para escrever como para imprimir.

11- Revisões de Texto: ainda na tela do computador, antes de imprimi-los para não ter que pedir mais de uma impressão.

12- Reaproveite papel ou cartolina - para fazer rascunhos, anotações ou imprimir documetos enviados.

13- Visualizar a impressão do documento antes de imprimir e evite imprimir uma folha inteira, com apenas uma ou duas linhas escritas.

14- Se possivel, faça fotocópias - Use os dois lado da folha de papel.

15 - Use coadores - guardanapos e toalhas de pano.

16- Aceite apenas os folhetos de propaganda que forem do seu interesse.

17- Use envelopes - apenas quando for realmente necessário.

18- Tente reutiizar os papéis de presente e sacolas.

19 Quando comprar produtos feitos de papel, prefira os reciclados ou os que trazem selos de certificação, como o do Conselho de Manejo Florestal(FSC).




Nota:

Essas dicas entre outras já são atitudes bem interessantes, mas ainda 
 faltam as sobre os alimentos , combustível e a eletricidade para uma próxima postagem.

Para encerrar as palavras de Almir Sater e uma dica para a consciência ecológica:

"Acho que a reciclagem de lixo é muito importante.Tenho viajado por aí e nota-se o grau de civilização pela quantidade de lixo que encontra-se nas ruas. Se você começar a rodar por esse Brasilzão, você vai ver que têm muitas diferenças com lugares muito sujos, muito mal cuidado e lugares limpos. Acho que é educação. A ecologia começa com a educação em casa."




Fotos: Pixabay/free.
Fonte: Matéria extraída da Revista Bons Fluídos. 

sábado, setembro 16, 2017

Primavera - Tempo de Iluminar























Esta é a época do acasalamento e 
do nascimento da maioria das 
espécies na natureza. 

A vida tem seu esplendor. 
Dentro de nós, começa a surgir 
uma agradável 
sensação de que a vida, após 
o vento
gelado e meses de inverno 
e escuridão
recupera o seu esplendor.

Para algumas culturas essa estação
tem um significado milenar e os seus
rituais de passagem, muitos especiais
para eles. No caso do xamanismo, 
é a mais antiga técnica 
de entrarmos em contato com 
as energias 
sagradas da natureza.

Representa o nascimento dos 
humanos começando 
a viver. 

O tempo do verão é o período 
de frutificar, de rápido crescimento. 

E, quando chegamos no outono, 
vem o tempo da introspecção, 
quando colhemos resultados, 
obtemos o conhecimento necessário, 
para centrarmos em nós mesmos. 

E o ciclo se repete em círculo, no movimento 
de rotação da terra.

Ao receber inspiração das estações 
entramos em sintonia 
com a ecologia dentro e fora de nós, 
trabalhando o ambiente espiritual/
planetário acessando
"Livro da Natureza". 

Onde quer que estejamos no 
mundo seremos afetados pelo
balanço das estações. A disciplina
mental gerada numa cerimônia 
permite que o corpo, a personalidade 
e a psique se harmonizem 
para que as manifestações possam
ocorrer em sintonia com cada estação. 

(*) 
Por milhares de anos nossos 
ancestrais tiveram consciência 
da vida e da morte como um
fluxo contínuo. 

Compreendiam que era importante 
marcar os ciclos de renovação como, 
por exemplo, solstícios e equinócios.

Acreditavam que assim, ajudavam o cosmos 
a crescer e a mudar. 
Ao resgatar essas celebrações nos tornaremos,
novamente, unidos com a terra e com o cosmos. 

Recuperaremos a sensação de equilíbrio 
dentro de nós e de nosso mundo. 
Os rituais de passagem mostram que somos 
parte de algo maior, que podemos 
chamar de Deus ou Universo. 

Essa ligação com o sagrado traz um 
sentimento de unidade com o todo, 
nos dá uma sensação de 
pertencimento.



Quando percebemos a conexão universal 
entre nós, compreendemos que todas 
as histórias fazem parte da 
nossa história. 

A consciência da conexão é vital 
ao aprendizado da convivência mútua. 
Ninguém triunfa sozinho. 

Todos temos a necessidade de nos 
conectar com algo fora de nós – 
com companheiros de caminhada 
com algo maior que nós todos. 

No xamanismo, procuramos 
aprender com as vozes dos ancestrais, 
dos velhos, das tradições, das crenças. 

Esse aprendizado é básico para 
podermos traçar o mapa de nosso 
caminho, de acordo com
o livre arbítrio.

Nunca teremos paz enquanto 
irmãos estiverem 
em guerra, não evoluiremos 
se não fizermos
a parte que nos cabe. 

Quantas pessoas não confundem 
felicidade com sucesso? 

Buscam oportunidades de 
riquezas e outros falsos valores
para esconder a 
depressão, a falta de um 
sentido para a vida. 

Na reconexão com o sagrado, 
aprendemos a apreciar 
o mistério e a beleza das 
coisas simples, que 
geralmente 
passam despercebidas.
Por Léo Artése

(*)
Profissional de comunicação
formado em locução e radialismo, 
professor de 
comunicação verbal, 
especialista em marketing, 
consultor empresarial, 
terapeuta holístico, 
acupunturista e 
estudioso do 
xamanismo.

Imagem: Reprodução/ Internet.

domingo, agosto 27, 2017

Mazzaropi e Voltaire sobre sociedade classista

Uma analogia do filme "Uma Pistola Para Djeca" de Mazzaropi com a filosofia de Voltaire sobre sociedade classista.









“O que deve um cão a um cão, um cavalo a um cavalo?
Nada. Nenhum animal depende do seu semelhante.
Tendo, porém, o homem recebido o raio da Divindade
a que se chama razão, qual foi o resultado?
Ser escravo em quase toda a terra.
A dependência é a raiz de todos os males.
Todos os homens seriam necessariamente
iguais, se não tivessem necessidades.
A miséria que avassala a nossa espécie
subordina o homem ao homem -
o verdadeiro mal não é a desigualdade: é a dependência.”
    Voltaire
.

Só reflete:

Que homem em sã consciência se sujeitaria as vontades do outro, e se privar de sua dignidade, se assim não fosse? Princípios existem onde há escolhas, fora delas cabe só à resignação e submeter-se a vontade dos que têm o poder de decisão nas mãos, até pela autopreservação.

Uma Pistola Para Djeca (1969), do cineasta Mazzaropi mostra sobre sociedade patriarcal, divisão de classes, opressores e oprimidos e a hipocrisia social e religiosa aos não privilegiados. O poder e a influência como juízo de valor sobrepõem os valores da igreja e seus ensinamentos. Ou seja, quem manda é o dinheiro, compra até o silêncio divino, porque todos são dependentes do opressor e tampouco importam os valores morais e éticos.

Numa linguagem enganosamente simplista o enredo fala sobre o poder das classes dominantes aliado ao pensamento de Voltaire: “A Dependência é a raiz de todos os males”.









Gumercindo e sua filha vivem sob o jugo do coronel e sua família arrogante e insensível apoiados pela igreja visto como um benfeitor, "homem honrado" e graças a ele, o povo e seus dependentes têm "comida e moradia", independente se a moral pode ser questionável aos olhos de Deus, enquanto se sujeitam a todo tipo de privações e se regozijam com migalhas.

O drama familiar começa num baile onde a filha de Gumercindo (Mazzaropi) uma das serviçais é seguida pelo filho inescrupuloso do patrão na adega. 

Desse estupro nasce um filho não reconhecido, motivo de chacota para todos e ao mesmo tempo torna a pedra no sapato do patrão, que, a essa altura quer unir sua fortuna com outro importante coronel e honrado. Este por sua vez, não vê com bons olhos a união, mas a filha está vislumbrada e o pároco tenta influenciar a todo o custo o casamento, já que assim continuará com seus privilégios e favores mesmo à custa do sofrimento alheio.

Quando os boatos começam a tomar força na vila sobre o neto bastardo, o coronel tenta se “livrar” do problema com o sequestro e quando o filho do Coronel sofre um atentado no casamento, a moça violada é acusada pelo crime (a corda arrebenta sempre pelo lado mais fraco). 

Cabe agora ao Juízo, apesar da influência e poder protegido pela máscara “de bem” que o coronel e família passam para a sociedade dos privilegiados em restaurar a justiça. Gumercindo pode ser homem iletrado, mas não ignorante ao que se passa ao seu redor.

No bar, enquanto Gumercindo pede uma pinga e desabafa com seus amigos, das quais também compartilham de amarguras, logo o pároco sai em defesa do opressor:

“Vocês precisam acabar com essa má vontade com o coronel, é um homem bom, uma alma boa, ele precisa ser mais compreendido”.

"Alma boa é 'os coletes da vó'". "O Senhor fala assim porque não para aqui. Não, quer dizer, o senhor vive lá, mais com o pessoal do dinheiro, e lá ele não faz 'embruiada' - quer beber uma pinga?”, retruca  Gumercindo aos risos. 

Como o injustificável não tem argumentos...

Caberá a eles lutar contra a tirania, a opressão e a hipocrisia daqueles que se beneficiam e se omitem sobre os menos afortunados e provar a inocência da moça para restabelecer a ordem social e moral ao Juízo(como deveria ser), apesar da vista grossa que a sociedade faz.

"Para que servidores se não tivésseis necessidade de nenhum serviço?
Ainda que passasse pelo espírito de algum indivíduo de bofes tirânicos e braços impacientes por submeter o seu vizinho menos forte que ele, a coisa seria impossível: antes que o opressor tivesse tomado as suas medidas o oprimido estaria a cem léguas de distância. Todos os homens seriam necessariamente iguais, se não tivessem necessidades. A miséria que avassala a nossa espécie subordina o homem ao homem - o verdadeiro mal não é a desigualdade: é a dependência.
Pouco importa chamar-se tal homem Sua Alteza, tal outro Sua Santidade. Duro, porém, é um servir o outro.
Sou tão homem como o meu amo, nasci como ele a chorar; como eu ele morrerá nas mesmas angústias e com as mesmas cerimónias.Temos ambos as mesmas funções animais. Se os turcos se apoderarem de Roma e eu me tornar cardeal e o meu senhor cozinheiro, tomá-lo-ei a meu serviço.
Tudo isso é razoável e justo. Mas, enquanto o grão turco não se assenhorear de Roma, o cozinheiro precisa de cumprir as suas obrigações, ou toda a humanidade se perverteria. Um homem que não seja cozinheiro de cardeal nem ocupe nenhum cargo no Estado; um particular que nada tenha de seu mas a quem repugne o ser em toda a parte recebido com ar de proteção ou desprezo; um homem que veja que muitos monsignori não têm mais ciência, nem mais espírito, nem mais virtude que ele, e que se enfade de esperar nas suas antecâmaras, que partido deve tomar? O da morte".

Trechos de Dicionário Filosófico de Voltaire.

Para o filósofo, o oprimido de hoje sonha em ser o opressor de
amanhã e manter sobre domínio os de agora.
Porém, enquanto isso não acontece, ele precisa se sujeitar ao
seu senhorio. Sem escolhas, os resignados se curvarão diante
da má sorte e até se regozijar com as parcas condições oferecidas,
do seu benfeitor.
Mas viver sem perspectivas e sem dignidade, a morte é mais viável, pois não há diferença entre a servidão e ela. Será melhor morrer lutando pelos seus direitos do que permanecer subjugado, sendo não mais que um morto-vivo.