quarta-feira, fevereiro 15, 2012

Almir Sater entre os maiores instrumentistas pela Revista Rolling Stone Brasil





Claro, que Almir Sater está entre, os 30 maiores ícones brasileiros da guitarra e do violão, divulgado pela Revista Rolling Stone Brasil

O artista, nos anos 90, já havia conquistado esta categoria pelo "4º Prêmio Música Brasileira"  da Edicão de 1991, como "melhor solista", numa disputa com nomes de peso, na época - Leo Gandelman e Wagner Tiso e "Moura" -  (Tema para Pequeno Violão e Orquestra)  como melhor música instrumental.


  
A virtuose de Almir Sater seja na viola de 10 cordas, popularmente conhecida como caipira, do violão folk de 12 ou até no banjo, agregados a sonoridade do folk americano e blues, remetem desde o erudito, popular e com as pegadas de folk, tão presentes na música inglesa de Led Zeppelin, Pink Floyd e Jethro Tul, entre outras, que "bebem" destas fontes.

Uma "palhinha" com o bluegrass - "Floresta do Arco-Íris", entre tantas composições geniais, e  já sabemos o por que, ele é um dos mais completos artistas da música brasileira. 

quarta-feira, fevereiro 01, 2012

Pitaco Sociedade: Joga pedra na Geni!








por Eugênio Mussak.
 

Da leitora Sonia Araújo: “Por que hoje em dia o mundo trata coisas e pessoas como descartáveis? Como fazer para não ser considerado algo descartável?”

– Joga pedra na Geni!

Esta é uma das frases fortes de uma das melhores músicas do Chico Buarque, lá dos idos de 1977. Conta a história de uma cidade de gente má, que se vê ameaçada pelo comandante de um zepelim dourado cheio de canhões. Mas há uma esperança. O feroz guerreiro se interessa por Geni, uma linda moça de grande coração e de vida devassa:

– Quando vi nesta cidade/ Tanto horror e iniqüidade/ Resolvi tudo explodir/ Mas posso evitar o drama/ Se aquela formosa dama/ Esta noite me servir!

Mas, para a surpresa de todos, Geni nega-se, pois ela tem lá seus caprichos. Cidadãos respeitáveis imploraram que ela os salvasse. O prefeito veio de joelhos, o bispo de olhos vermelhos e o banqueiro ofereceu 1 milhão. Todos a encheram de mimos e elogios:

– Você pode nos salvar/ Você vai nos redimir/ Bendita Geni!

Ela, então, cede às suplicas de todos e entrega-se nauseada ao forasteiro, que cheirava a brilho e a cobre. Quando ele, saciado, vai embora e ela pensa que finalmente vai descansar, ouve a cantoria daqueles que havia acabado de salvar, e que não viam nela mais nenhum valor:

– Joga pedra na Geni/ Joga bosta na Geni/ Ela é boa de apanhar/ Ela é boa de cuspir/ Ela dá pra qualquer um/ Maldita Geni!

Pois é, o Chico, em uma de suas melhores fases conseguiu, com sua poesia, desnudar a alma mais uma vez. Só que, desta feita mostrou um lado sombrio, mesquinho e pequeno que carregamos em nós. 

Abordou aquela terrível mania de conferir utilidade para as pessoas e tratá-las de acordo com essa utilidade, e não em função de sua condição de ser humano. 

Ao lidarmos com uma pessoa apenas com base no ponto de vista de sua utilidade, a estamos “coisificando”, tratando-a como uma coisa. 

E isso ocorre porque a sociedade em que vivemos é o império da eficácia e não o reinado do valor. Sim, pessoas descartadas são pessoas coisificadas.

E o pior é que ideias, valores e até pessoas são descartadas com freqüência, após vencer o prazo de utilidade. É o “efeito Geni”

Cada um tem seu valor 

 
". Atribuir-se valor e fazer jus a ele dá à pessoa uma qualidade só sua, demasiadamente humana, e que os objetos nunca terão: dignidade.Coisas têm preço, atribuído em função de sua utilidade e de sua raridade. Pessoas têm dignidade, que lhes é atribuída de maneira diretamente proporcional aos seus valores. Todos podem escolher como percorrer a vida. Há o atalho do preço e há o caminho do valor". Boa escolha!

Texto publicado sob licença da revista Vida Simples, Editora Abril.
Todos os direitos reservados. 

trecho reproduzido do site de eugeniomussaki para ler na íntegra.
Imagem: Reprodução blogdovelhinho 

Nota deste blog: Embora a música não deixa claro quanto a sexualidade de Geni, na peça "Ópera do Malandro" é interpretada como um travesti. 

domingo, janeiro 29, 2012

PROMOÇÃO ALMIR SATER SHOW ROLIM MOURA EM MARÇO



PROMOÇÃO SHOW ALMIR SATER EM ROLIM MOURA RO 03/03/12- Imperdível -

Gentileza Abílio Ikeziri

Acessem o Link do site abaixo e concorra a 1 mesa para show do artista.


http://www.rondoniafest.com.br/index.php

terça-feira, janeiro 17, 2012

O FUNERAL DA LEOA


Tendo o leão perdido subitamente a sua rainha, todos se apressaram a mostrar fidelidade ao monarca oferecendo-lhe consolo.

O monarca deu vazão à sua tristeza e toda a caverna, visto que leões não têm outros templos, ressoava com seus lamentos. Seguindo o seu exemplo, todos os cortesãos rugiram, em seus diferentes tons. A corte é um lugar onde todos ficam tristes, alegres ou indiferentes de acordo com o príncipe reinante; ou, se alguém não se sente assim, pelo menos tenta parecer que sente; todos procuram imitar o senhor.

Diz-se que uma só cabeça anima milhares de corpos, mostrando nitidamente que os seres humanos não passam de máquinas. Mas voltemos ao nosso assunto. Só o veado não chorava. Como ele era capaz disso, realmente?

-A morte da rainha era uma desforra pura para ele; ela havia estrangulado a sua esposa e o seu filho.

Um cortesão achou justo contar ao consternado monarca, e até afirmou ter visto o veado rir. A ira de um rei, diz Salomão, é terrível, principalmente a de um rei-leão. “Miserável forasteiro!” exclamou, “ousas rir quando todos a sua volta se desfazem em lágrimas?

- Não sujaremos nossas garras reais com teu sangue profano! Vingarás, bravo lobo, a nossa rainha imolando esse traidor a sua augusta alma”

Ao que o veado respondeu: ‘Senhor, já não é mais hora de chorar, a tristeza aqui é supérflua. Vossa reverenciada esposa acabou de aparecer para mim repousando sobre um leito de rosas;eu a reconheci instantaneamente.

- ‘Amigo’. ela me disse, termine essa pompa fúnebre, faça cessar essas lágrimas inúteis permaneça por uns tempos incontido, ele me gratifica."

- Mal ele havia falado, quando alguém gritou: “Um milagre! Um milagre!”

O veado, em vez de ser punido, recebeu um belo presente.

Moral da História: Deixe que o rei sonhe, teça-lhe elogios, e conte-lhe algumas mentiras agradáveis e fantásticas. Por mais indignado que ele esteja com você, engolirá a isca e fará de você o seu melhor amigo. FÁBULAS, JEAN DE LA FONTAINE. 1621-1695

Ponto de Reflexão:
"Se quiser contar mentiras que pareçam verídicas, não conte a verdade na qual ninguém vai acreditar". IMPERADOR TOKUGAWA IEYASU DO JAPÃO, SÉCULO XVII

"A pessoa mais detestável do mundo é a que sempre fala a verdade, nunca romanceia. Eu acho sempre mais interessante e lucrativo romancear do que dizer a verdade. (Joseph Weil vulgo “The Yellow Kid”, 1875-1976).