sexta-feira, abril 24, 2015

Almir Sater, a viola e o rock - Juntos e Misturados




Foto: Cristiane Nogueira


 












”O que tem a ver Almir Sater, Keith Richards, Led Zeppelin ou Pink Floyd?
Tudo. Desde 2003 quando eu estive pela primeira vez no show de Sater, ao entrar no palco sob os acordes de "Cavaleiro da Lua", eu logo pensei:

-Nossa que sonzeira rock é este? 
-Em que lugar eu vivia que não sabia deste cara? 

Bastou pesquisar sua obra musical, logo vi que tinha tudo a ver com Pink Floyd, Led Zeppelin, Bob Dylan, Jethro Tull, etc. Um roqueiro bluseiro.
Uma mistura de  som folk irlandês, inglês,  bluegrass e country americano, sem perde o purismo bucólico. 

 E hoje ao receber esse link do Júlio Bicalho, mineiro, fã de rock e de viola das boas, uma síntese perfeita a respeito de que, o rock e a viola, tem muito a ver com as bandas que citei acima, que eu literalmente curto, exceto Stones. Na matéria, o autor muito feliz por sinal em sua observação, fala a respeito, ao ler a biografia de Keith Richards, guitarrista de Rolling Stones e faz a comparação com solo que Almir Sater, Led Zeppelin, leia-se Jimmy Page “Black Mountain Side”



A seguir a matéria na íntegra: 

Keith Richards e a Viola Caipira

Lendo a biografia do Keith Richards no livro “Vida”, a afinação da guitarra dos Stones me chamou a atenção. Em 1968, quando os Stones já estavam fazendo sucesso, Keith Richards descobriu a afinação aberta em Sol. É uma afinação, simples, primitiva, muito usada no blues e country acústico tradicional para tocar slide, aquele cilindro metálico ou de vidro que gera aquele belo som de aço rasgando. Nessa afinação aberta, só de bater as cordas soltas já sai um acorde de Sol Maior.


Keith Richards descobriu que, com essa afinação, poderia explorar outras sonoridades diferentes da afinação clássica, e arrancou a corda mais grave da guitarra, ficando apenas com cinco cordas, na afinação aberta em Sol. A partir dessa afinação saíram os famosos riffs dos Stones: Start Me Up, Brown Sugar, Honky Tonky Woman, Jumping Jack Flash e muitos outros. Jimmy Page também usou essa afinação na bela música “Black Mountain Side”, do primeiro disco do Led Zeppelin. Fiquei muito interessado e busquei tutoriais e aulas no youtube. Aprendi a tocar nessa afinação. É como tocar um novo instrumento. Isso me trouxe muita realização e prova que existe aprendizado depois dos quarenta. Aprendi algumas músicas e também compus algumas outras nessa afinação.



Durante minhas pesquisas, descobri que a Viola Caipira utiliza a mesma afinação do Keith Richards. É a afinação “Cebolão”, que tem esse nome porque faz a mulherada chorar quando o violeiro toca. É a afinação aberta de cinco cordas do Keith Richards, mas dobradas em mais cinco cordas mais finas que dão aquele brilho típico no som da viola.


Isso me atrai na música, a universalidade e a conexão, independente das fronteiras e estilos, a possibilidade de interação, mistura e criação, a possibilidade do surgimento de uma nova e diferente música a partir de uma improvável parceria entre Keith Richards e Almir Sater.


Sobre o Autor :
Leandro Pessoa é um profissional com larga experiência em Gestão de TI, Gestão de Pessoas e Gerenciamento de Projetos. Leitor assíduo e entusiasta de assuntos como liderança, gerenciamento do tempo, melhoria contínua, aprendizado organizacional, comportamento humano, tecnologia e inovação, também é músico nas horas vagas e faz gravações em seu homestudio.
Reproduzido do site: http://ideiasdegestao.com.br

quinta-feira, abril 23, 2015

23 de ABRIL - DIA MUNDIAL DO LIVRO



 
 
É sabido que o dia 23 de abril foi proclamado em 1995, pela organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), como Dia Mundial do Livro e Direito do Autortem por base as datas de nascimento e morte do dramaturgo e poeta inglês William Shakespeare (1564-1616) e de nascimento do escritor espanhol Miguel de Cervantes (1547-1616). 

Cervantes está na base de uma das iniciativas do dia: a jornada conjunta da Fundação Calouste Gulbenkian e da editora D. Quixote, em Lisboa, que assinala os 410 anos da publicação da primeira parte de "O engenhoso fidalgo D. Quixote de la Mancha", e os 400 anos da segunda e última parte da obra, com leituras, conferências, oficinas e filmes.
 

Embora haja controvérsias quanto as datas, pois segundo fontes, curiosidades mesmo que tenha sido 23 de abril a data da morte de Shakespeare
             
                                      Veja também!

  
 
Não teria sido no mesmo 23 de abril de Cervantes pelo simples  motivo de que na época, a Espanha, onde Cervantes vivia, havia adotado, como  bom país católico, o calendário imposto  pelo papa Gregório em 1582. 
 
Shakespeare vivia na Inglaterra protestante, frequentemente hostilizada pelo reino espanhol a serviço do Vaticano, e que ainda marcava o tempo pelo  Calendário Juliano. 
 
A Inglaterra só adotaria o Calendário Gregoriano em 1751.  Shakespeare, portanto, teria morrido no dia 3 de maio – 10 dias após o  espanhol. 
 

Controvérsias à parte,  trata-se de dois dos maiores escritores de todas as épocas, e a data mais que justa para celebrar tanto Cervantes, quanto ao bardo Shakespeareo mundo todo neste dia relembra e comemora.


Shakespeare escreveu 17.677 palavras únicas e inventou mais de 1.700 palavras e expressões, que foram incorporadas às suas peças, e que hoje são usadas frequentemente na linguagem coloquial inglesa, dizem.

Entre suas obras, destaco: Romeo and Juliet, Othelo, Hamlet, Macbeth, Sonho de uma noite de verão e a Tempestade foram os que assisti filme e li, e a Megera Domada que até virou adaptação de novela da Globo, "O Cravo e a Rosa".

E por falar em Dom Quixote, será que existe um dentro de nós?
 
"Mudar o mundo, meu amigo Sancho, não é loucura, não é utopia, é justiça."
 


 
Ele era um daqueles cavaleiros andantes que usavam 
armadura, lança e escudo; percorria as planícies da Espanha. 
 
Um dia Dom Quixote avistou ao longe uns moinhos de vento e viu, 
nesses moinhos que eram dragões cuspindo fogo, desafiando-o para a luta. 
 
E mesmo o seu fiel escudeiro, Sancho Pança, afirmando 
"que aquilo não são gigantes, são moinhos de vento e o que 
lhe parecem braços não são senão as velas, que tocadas do 
vento fazem trabalhar as mós", de nada adiantou, ele partiu 
para o ataque: — Não fujais, covardes e vis criaturas; é um só cavaleiro o que vos investe. 
 
E o desfecho? Baixe o livro grátis no Domínio Publico
navegue nesta universo de Cervantes.
 

Para finalizar, todos temos um pouco das obras de Shakespeare ou Cervantes (Dom Quixote) dentro de nós, seja por sonhar, desejar, ou lutar por nossos ideais, defeitos e agruras de seus personages, despertamos, então para o lado bom:
 
"Quando se sonha sozinho é apenas um sonho
Quando se sonha juntos é o começo da realidade."
Dom Quixote, vulgo Miguel Cervantes.

E um conselho mais que sábio: