domingo, novembro 20, 2011

Pitaco de Loira: Salve a Consciência Negra -


Salve a Consciência Negra, 
Salve os pretos velhos e pretas velhas 
na resistência da escravidão.
Salve a energia da 
mãe África.

Salve Zumbi dos Palmares.

       












































Com a força dos braços lavramos a terra 
cortamos a cana, amarga doçura na mesa 
dos brancos.
-Com a força dos braços cavamos a terra, 
O negro café, perene alimento do lucro 
dos brancos.
-Com a força dos braços, o grito entre os dentes, 
a alma em pedaços,
erguemos impérios, fizemos a América dos 
filhos dos brancos!"
"-Na palma das mãos, trazemos o milho, 
a cana cortada, o branco algodão,
o fumo-resgate, a pinga-refúgio, da carne 
da terra moldamos 
os potes

que guardam a água, a flor de alecrim 
no cheiro de incenso, 
erguemos o fruto
do nosso trabalho, 
Senhor! Olorum!"

"Em nome do Pai, que faz toda carne, 
a preta e a branca,
vermelha no sangue.

Em nome do Filho, Jesus nosso irmão, 
que nasceu moreno
da raça de Abraão.

Em nome do Espírito Santo, bandeira do 
canto do negro folião.
que são um Deus só,

Aquele que era, que é, que será."à esperança 
de seu povo,

"que espera, na graça da Fé, à voz de Xangô,
 no Quilombo-Páscoa que 
o libertará."

"A louca Esperança de ver todo irmão

caindo na dança da vida, cantando vencida toda Escravidão!"

"Saravá A-i-é Abá".

"A Paz d’Aquele que é nossa Paz!"
(Celebração Pascal, Missa dos Quilombos )

quinta-feira, novembro 17, 2011

2012 chega logo, para eu ver Roger Waters

















Olá? Há alguém aí?Acene se você puder me ouvir
Há alguém em casa?*̡̡ ̴̡ı̴̴̡ ̡̡͡|̲̲̲͡͡͡ ̲▫̲͡ ̲̲̲͡͡π̲̲͡͡ ̲̲͡▫̲̲͡͡ ̲|̡̡̡ ̡ ̴̡ı̴̡̡ *̡͌l̡*
Não consigo ouvir o que você diz
Quando eu era criança eu tive uma visão fugaz
A criança cresceu e o sonho se foi
Eu me sinto confortavelmente entorpecido...


Decididamente eu não vivo sem Waters..
Nas horas certas, incertas, sombrias ou cheias de dúvidas e traidoras ...
é um bálsamo para a alma e os ouvidos - é fácil entender o por que sempre será a maior espetáculo da terra e Roger Waters ...the best !!!

Acesse o site e acompanhe Turnê Mundial de Roger Waters - 2012 no Brasil, o maior advento do planeta!!!

http://www.roger-waters.com

Acesse o vídeo e descubra  por quê ...

O Rouxinol e a Rosa - Oscar Wilde


O Rouxinol e a Rosa 
Por Oscar Wilde  
Resumo



“Ela disse que dançaria comigo 
se eu lhe trouxesse rosas vermelhas...
 porém em todo o meu jardim 
não existe uma única 
rosa vermelha.”. 

Um rouxinol escuta o desabafo e 
encantado com a declaração de amor e 
o sofrimento do rapaz, fica em silêncio debaixo
 do carvalho 
pensando sobre os mistérios
 do amor. 
O lagartinho verde, 
a borboleta e a margarida 
riem
 da angústia do rapaz.

O rouxinol alça vôo para encontrar 
uma 
rosa vermelha que possa realizar 
os desejos decantados
 do jovem. 
Encontra roseiras de rosas brancas 
e amarelas e sob a janela 
do estudante, 
uma roseira de 
rosas vermelhas,
 mas que castigada pelo inverno 
não consegue dar vida à suas flores.
Só há um jeito de consegui-la, 
mas é muito terrível!

“Se quiser uma rosa vermelha, 
você terá de construí-la 
de música ao luar, 
tingindo-a com o sangue 
do seu próprio coração. 
Terá de cantar para mim 
a noite inteira, e o espinho 
terá de furar 
o seu coração, 
e o sangue que o mantém vivo 
terá de correr para
 as minhas veias, 
transformando-se em 
meu sangue.”


O rouxinol pensa que a vida 
é um preço alto por uma rosa, 
porém está convencido de que 
o amor é melhor do que a vida... 
Voa novamente como uma sombra 
pelo jardim e, 
ao encontrar o jovem ainda deitado 
na relva, 
afirma 
que ele terá sua rosa e
 só lhe pede em troca que 
“seja um amante fiel e verdadeiro, 
pois o Amor é mais sábio do que 
a Filosofia, embora ela seja sábia, 
e mais poderoso do que o Poder, 
embora este 
seja poderoso.”


O estudante não entende 
a profundidade das palavras 
do rouxinol, 
porque só conhecia as coisas 
que vêm escritas nos livros, 
mas o carvalho que abriga o ninho 
da família do rouxinol entende e 
pede uma última canção. 
O jovem diante do forte canto 
se questiona
 se o rouxinol teria sentimentos 
e conclui que como a maioria 
dos artistas ele é todo estilo, 
sem qualquer sinceridade. 
“Ele jamais se sacrificaria pelos outros.”


Quando a lua surgiu, o rouxinol voou 
para a roseira e cravou seu peito 
no espinho. 
Durante toda a noite, ele cantou o amor: 
o nascimento, a paixão entre a alma 
de um homem 
e uma mulher e o 
amor 
que fica perfeito com a morte...


A rosa ficou rubra, 
a lua se esqueceu da madrugada, 
mas o rouxinol não pode ver as 
pétalas florescendo 
ao frio do ar da manhã,
 pois estava caído na relva, 
morto com um espinho 
atravessado no peito.
O estudante acorda e 
vê a linda rosa,

Corre para a casa da filha 
do professor. 
Encontra a jovem sentada 
na porta
 e entrega 
a rosa vermelha:

“Aqui está a rosa 
mais vermelha 
do mundo inteiro. 
Use-a junto ao seu coração 
hoje à noite, e enquanto estivermos 
dançando 
eu lhe direi 
o quanto a amo.”


A moça, aborrecida, 
disse que a rosa não combinaria 
com seu vestido, além do mais 
ganhou
 uma jóia de verdade 
do sobrinho 
de 
um homem ilustre.


O estudante com raiva atira
 a rosa na rua, onde ela cai 
na sarjeta
 e uma carroça acaba 
passando por cima.
O estudante volta para 
seu quarto e começa 
a ler 
um livro
 empoeirado.

“Que coisa tola é o amor! 
Não tem a metade da utilidade
 da Lógica, 
pois não prova nada, 
e fica sempre dizendo 
a todo mundo coisas 
que 
não são verdades. 
Enfim, não é nada prático e, 
como hoje em dia ser
 prático 
é o importante, 
vou voltar à Filosofia 
estudar Metafísica.”

“O Rouxinol e a rosa” é um dos contos 
do livro “Histórias de fadas”, publicado pela
 primeira vez em 1888. 

O autor, Oscar Wilde, escreveu estas histórias 
para os próprios filhos e 
sua intenção era mostrar, 
além dos príncipes, gigantes e 
rouxinóis, 
a vida como ela é e 
como 
deve ser vivida.

 A beleza poética das histórias 
resgata a tristeza do tema: 
cada personagem assume 
a beleza e a feiura, 
a riqueza e a 
miséria humana. 

Adaptado por 
Helena Sut 

foto enviada por
Maria Helena Spirindioni/  FB