sábado, maio 01, 2010
Ohaiô gozaimassu!
O que eu mesma vi por aí, o Japonês tem
um ritual para tudo, desde no preparo da
comida, até a hora propriamente
para comer.
Tudo é silêncio, respeito,
disciplina e hierarquia.
Ninguém ousa jamais
quebrar esses protocolos,
é um outra forma de cultura.
Nos próprios negócios,
mesmo sendo ele, o herdeiro da empresa,
não iniciará no cargo de lider ou chefia,
pelo contrário, para gerir bem seus negócios,
começará no piso da fábrica,
aprendendo todas as funções,
profundo conhecimento e só assim,
estará apto para exercer a
mais alta funcionalidade.
Orientais não jogam conversa fora,
pensam muito antes de falar,
agir ou comentar.
Segundo, Lumi Toyoda, pesquisadora
da cultura japonesa,
“O Japão é um país repleto de regras
de comportamento, com códigos explícitos
na vida familiar e social, e implícitos em locais
de trabalho e relacionamento profissional.
Uma pessoa com falta destes conhecimentos
é considerada ‘sem educação’.
"O japonês carrega para si muitas obrigações,
imposições e obediência. E responde por qualquer
ação negativa de sua família e seu grupo.
Por outro lado, o sucesso é o resultado do esforço
de todos, mesmo que este seja gera
por apenas uma pessoa"
Quando fazemos negócios com orientais,
todo a cautela é pouca, devemos antes,
conhecer profundamente seus hábitos,
costumes e culturas, para não ser invasivos,
deselegantes e mal educados
e eles não são como nós brasileiros, a
costumados, a tripudiar pessoas,
a rir de nós mesmos e tudo acabar em pizza,
são pessoas que desde criança,
tem a palavra dada como honra, disciplina,
atitude, ética e bom senso
muito bem definidas
em seu vocabulário.
Uma vez conquistado um japonês,
é meio caminho andado, para mantê-lo
como fixo na carteira de clientes.
Como diria o velho guerreiro
"Quem não se comunica, se trumbica".
E não é só com a cultura
dos orientais, que devemos ter os "insigths"
de conhecê-los antes,
para depois gerir negócios,
mas com todas
as culturas.
Quando conhecemos
os valores e tradições dos povos,
temos maior capacidade de discernimento
e vamos estar mais próximos
de atingir nossos objetivos.
Toda a pessoa gosta de ser e
sentir respeitada,
e se demonstrarmos profundo interesse,
respeito e sobretudo conhecimento
da cultura alheia, com certeza,
as chances de dar continuidade
aos negócios, sejam eles pessoais
ou profissionais, serão sempre maiores,
em todos os sentidos.
Pessoas gostam de se interrelacionar
com quem têm afinidades
e sobretudo que os seus valores
culturais sejam respeitados
e conhecidos de fato.
Algumas expressões:
• Ohayoo gozaimasu:
“bom dia”
• Shitsurei shimasu:
“com licença”.
Usado tanto para entrar quanto
para sair de um recinto.
• Onegai shimasu:
literalmente, “por favor”.
• Arigato gozaimasu:
o famoso “obrigado”.
• Dou itashimashite:
o quase tão famoso
quanto “de nada”.
* Uma Comitiva Japonesa
“Milton Neshek é um advogado
norte-americano e diretor de
uma empresa japonesa
localizada no
Meio-Oeste norte-americano.
Certa vez, acompanhou o governador
do seu estado em uma missão comercial
ao Japão, onde o governador falou
para uma enorme e distinta plateia
de funcionários do governo
japonês. No final da apresentação,
o governador, visivelmente preocupado,
imprensou Neshek e lamentou:
- Meu discurso foi um desastre!
Não devia tê-lo feito.
Por que minha assessoria não me avisou?
Confuso, Neshek perguntou:
- O que o fez pensar que seu discurso
foi horrível?
O governador reclamou que
havia visto muitos membros da plateia
com sono, até mesmo
balançando a cabeça.
Aliviado, Neshek explicou rapidamente
que, entre os japoneses,
é comum demonstrar concentração e
atenção fechando os olhos
em contemplação e balançando levemente
a cabeça
para cima e para baixo.
O que o governador interpretou
como enfado era, na verdade,
um sinal de respeito
e atenção”.
Com a internacionalização dos negócios,
cada cliente precisa ser
detalhadamente analisado,
para que pequenos atos que
para uns são mera cordialidade
não se transformem nas
famosas gafes, que
muitas vezes inviabilizam
os negócios.
Ao recepcionar uma comitiva japonesa,
ou visitar esse país visando
um relacionamento comercial
com resultados positivos, é preciso
que o empresário estude atentamente
os hábitos
e costumes desse povo,
tão diferentes dos nossos.
-nunca tente lisonjear um japonês;
soa como falso e inviabiliza seu negócio;
- curvar-se é a forma tradicional de cumprimento,
na chegada e na saída:
- entre orientais e ocidentais a reverência
é seguida de um aperto de mãos;
- com as mulheres, apenas curve-se;
só estenda as mãos se ela
o fizer primeiro;
- se você for o visitante,
não espere ser convidado para ir à residência
de seu interlocutor comercial;
japoneses dificilmente recebem
seus parceiros comerciais
em suas residências;
- a prioridade no País é do homem -
andam na frente, entram primeiro
nos veículos;
- por isso, dificilmente um japonês
levará sua esposa a reuniões
de negócios; dessa forma,
não leve a sua à reunião que
somente os deixará
constrangidos;
- logicamente, essa norma não serve
para esposas e mulheres
executivas da empresa;
- a hierarquia e a idade são respeitadas
e valorizadas;
- os japoneses gostam de negociar
com profissionais da mesma hierarquia;
não aceitam bem os representantes;
- as decisões comerciais são lentas;
pensam muito e somente depois
de certos de sua posição,
respondem ao cliente –
respeite esse modo de ser,
não os apressando;
- dificilmente os japoneses viajam sozinhos
para encontros comerciais;
geralmente em comitivas;
- nem sempre quem fala
é a pessoa que toma decisões;
pode ser um porta-voz;
- apreciam a postura adequada
ao falar, sentar, andar, abaixar;
as mãos devem ficar a vista
do interlocutor;
- o riso é usado como forma de esconder
vários tipos de emoções;
não o interprete como demonstração
de alegria somente;
- a pontualidade é rígida e
exigida nas reuniões;
- os cartões de visita são trocados sempre
no início dos encontros,
entre todos os participantes e
entregues com as duas mãos;
- tenha sempre cartões de visita,
de preferência impressos
em dois idiomas: português e um segundo –
inglês ou japonês;
- a troca de presentes em encontros comerciais
é habitual no Japão, mas dificilmente os japoneses
abrem o presente no momento
de
recebê-lo; abra o seu, se assim o desejar,
mas não espere que ele faça o mesmo;
- conversam olhando-se nos olhos,
mas evitam qualquer tipo
de contato físico;
- os trajes são sempre formais em reuniões
de negócios;
- as refeições seguem a tradição oriental -
chopsticks (pauzinhos)
substituem os talheres,
e tigelas, os pratos;
- recusar comida típica é
falta de educação; sirva-se bem pouco,
experimente e agradeça.
Não é necessário repetir.
Bons negócios com seus parceiros
japoneses,
e lembre-se, não se aflija se ouvir:
“Sono ken ni tsuite kangaetokimasu”.
isso significa uma frase esperançosa
no mundo dos negócios:
“Vou pensar no assunto”.
*Gilda Fleury Meirelles,
bacharel em Comunicação Social e
Relações Públicas pela FAAP/SP,
Doutor Honoris Causa pela Faculdade
de Comunicação Social Cásper Líbero/SP,
professora, consultora e assessora
de comunicação
empresarial, protocolo,
cerimonial e eventos.
Sócia-diretora do IBRADEP –
Instituto Brasileiro de Desenvolvimento
da Comunicação, Capacitação Profissional
e Empresarial.
Lembrete:
Além do Estado de São Paulo, a colônia japonesa
também possui forte presença nos estados
do Paraná, Mato Grosso do Sul e Pará.
No Paraná, Curitiba, Londrina e
Maringá, se encontram as maiores colônias
japonesas do Estado.
"A arte existe para que a realidade não nos destrua." Nietzsche.
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domingo, abril 25, 2010
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