domingo, fevereiro 07, 2010

Síndrome da Mitomania




Imagem de Google

     Quem não se lembra de Paula Oliveira, a brasileira que se automutilou para forjar um ataque, para  justificar a perda de uma falsa gravidez, ou seja, uma tendência mórbida para a mentira e relacionadas a assuntos específicos, a "mitomania". 

      Esse artigo dá uma diretriz como reconhecer e agir com a doença. 

     Uma menina cujo pai é violento, por exemplo, pode inventar para as colegas como sua relação com o pai é boa e divertida, contando sobre passeios e conversas que  nunca existiram. 
Mas não costuma mentir sobre todos os outros  assuntos,  diferentemente dos mentirosos compulsivos.


     Justamente pelos mitômanos não possuírem consciência plena de suas palavras, os mesmos acabam por iludir os outros em histórias de fins únicos e práticos, diferentemente daquele que mente em qualquer ocasião.

   Dizer a verdade é um sofrimento para quem tem mitomania, doença definida como uma forma de desequilíbrio psíquico caracterizado essencialmente por declarações mentirosas, vistas pelos que sofrem do mal, como realidade.

    Desse ponto de vista, podemos dizer que o discurso do mitômano é muito diferente daquele do mentiroso ou do fraudador, que tem finalidades práticas.    Para estes, o objetivo não é a mentira, sendo esta apenas um meio para outros fins.

    Contam histórias ao mesmo tempo em que acreditam nelas. É também uma forma de consolo. Esse distúrbio tem sua origem na supervalorização de suas crenças em função da angústia subjacente.

     Muitas vezes as mesmas se apresentam unidas à angústia profunda, depressão e pós-depressão. De um lado, o mitômano sempre sabe no fundo que o que ele diz não é totalmente verdadeiro. 

   Mas ele também sabe que isso deve ser verdadeiro para que lhe garanta um equilíbrio interior suficiente. Em determinado momento, o sujeito prefere acreditar em sua realidade mais que na realidade objetiva exterior. Ele tem necessidade de contar essa história para se sentir tranquilizado e de acordo consigo mesmo.

   A mitomania não pode ser considerada como uma mentira compulsiva, e sim uma doença que se não tratada pode causar transtornos sérios à pessoa que possui. Em geral, essa manifestação deve-se à profunda necessidade de apreço ou atenção.

    A maioria dos casos de mitomania ao serem expostos torna-se  vergonhosos. Todavia, os mitômanos que buscam por ajuda por vontade própria, 
pedindo a seus familiares e principalmente aos seus amigos, considerados extremamente raros, pois eles veem que estão sofrendo de um mal e desejam acima de tudo curar-se. 

     O papel dos companheiros se torna extremamente importante na vida do indivíduo que sofre da doença, já que eles que irão indicar os pontos e erros.         Grande parte dos casos de mitomania levam ao suicídio, principalmente se associados a depressão e pós- depressão. 

     O indivíduo ao não obter o apoio necessário e ser excluído daquele grupo que freqüentava ou participava acaba por vivenciar uma situação sem saída, isto é, o mesmo acaba por ser excluído de seus gostos e vê-se sem aquilo que ama e deseja.

     Aconselha-se aqueles que rodeiam o mitômano,  principalmente,  se o mesmo obteve uma conversa clara expondo a sua vontade de melhora a não largarem-no, podendo tal atitude acarretar desejo 
inconstantes, profunda melancolia, depressão e desejo de suicídio da parte do mitomaníaco.

     Inicialmente o mesmo apresentará sintomas de solidão e grande desejo de estar acompanhado daqueles que ama. Contudo, ao ver que isso não é possível, acaba optando pelo desejo de morte.

Motivação

          Não se sabe ao certo os motivos pelo qual a mitomania manifesta-se no indivíduo. Primeiro, porque acarreta milhares de fatores sócio-psicológicos da pessoa afetada, e segundo, porque enfatiza uma situação social podendo, então, mostrar-se eventualdependendo das circunstancias presentes na época em que o indivíduo está vivendo. 
Na maioria das vezes por desejo de aceitação daqueles que rodeiam e também por grande afeto que tem por seus companheiros.


Cura

        A cura do indivíduo reside muitas vezes na implementação de um quadro de cuidados que associa o tratamento em meio psiquiátrico do problema subjacente a um acompanhamento psicoterápico.

       Tal acompanhamento torna-se a parte mais importante, sendo 
realizado pelas pessoas que rodeiam o mitômano e que o mesmo requisitou para ajudá-lo.

      É importante nunca negar ao mesmo tal acompanhamento, sendo este a chave para a cura, até mais importante que um 
tratamento psiquiátrico.

Fonte: https://www.classicistranieri.com/pt/articles/m/i/t/Mitomania.html

Leitura recomendada: Distúrbios De Memorias!

                                         Por Maria Helena Guedes